Jake Bugg volta depois de 4 anos com álbum inovador, poderoso e que encanta velhos e novos fãs

 
Saturday Night, Sunday Morning



Por: Tati Teixeira


Jake Bugg acaba de lançar seu esperado quinto disco de estúdio Saturday Night, Sunday Morning, como prometido pelo cantor em entrevista para o Indieoclock em 2020, o disco é realmente inovador e mostra que o cantor gosta de transitar entre gêneros e faz isso com maestria.

Saturday Night, Sunday Morning é realmente isso, a agitação do sábado de noite e a calmaria do domingo de manhã, o frescor das emoções e a reflexão, o folk e o eletropop, um mix de sentimentos.

O álbum começa com a já conhecida, agitada e amada, All I Need, o ritmo mostra que Jake veio pronto para uma mudança, uma evolução em seu ritmo, mostrando que consegue sim fazer algo que sai do folk melancólico e vai para uma expressividade mais autoconfiante e autêntica. A canção repercutiu bem no Brasil e a gente ama colocar ela no repeat desde seu lançamento.

A próxima faixa é Kiss Like the Sun, lançada já há um tempinho, essa chega com a identidade do Jake, mas mostrando que evoluiu muito, ela lembra canções mais antigas em sua batida inicial e o refrão já transita para músicas mais recentes, ela contempla todas as fases do Jake Bugg em uma só música, lembrou desde Slumville Sunrise até canções mais novas de Hearts That Strain.

About Last Night dá uma pequena quebrada no ritmo agitada das duas músicas anteriores, levando a gente para uma baladinha do sábado de noite, a canção mostra que Jake vem explorando não só ritmos novos, mas também as variedades de sua potência voz, ele busca agudos não tão usados antes e o resultado dessas experimentações é incrível.

Downtown continua a fase mais lenta do álbum com piano, trazendo um tom sofisticado e dando ênfase a voz do Jake que evoluiu muito, a música é muito bonita e sentimental, os sentimentos vem átona e a vontade de cantar junto com ele é imensa, esse é uma canção que traz um respiro, diria suspiro, gostoso para o álbum, acalenta quem escuta e emociona quem se identifica com as palavras pronunciadas por Bugg de forma doce e genuína nessa faixa. 

Rabbit Hole é uma velha conhecida nossa, parceira de muitos na pandemia, foi uma das faixas mais tocadas na playlist indieoclock na quarentena, ela traz de volta a agitação do disco, forte em ritmo e letra, ela ajuda a tirar de dentro do peito dos fãs e do Jake, qualquer tipo de sentimento, Rabbit Hole é libertadora, a guitarra escolhida para a faixa traz suspense e o seu refrão solta todo o mistério criado pela canção através de um agudo que amamos soltar junto com Bugg ao cantar a faixa. Explosiva é Rabbit Hole. 

Lost é a faixa seguinte e acompanha bem o ritmo mais enérgico de Rabbit Hole, Lost é inteligente, lost traz uma pegada mais escura e ao mesmo tempo algo mais descontraído, é uma mpusica inteligente e viciante, sua batida e sua letra não saem da cabeça, basta ouvir uma vez e pronto, amor à primeira vista. Ela sai totalmente do ritmo folk e é diferente de tudo que o Jake já fez, uma experimentação inteligente e acertada.

Scene traz a calmaria para o disco, uma baladinha gostosa de ouvir, letra bonita, Jake traz sua tonalidade mais séria e mais lenta, mas ainda sim é diferente de trabalhos anteriores, essa canção é a preferida dele no álbum, ele contou para nó0s em entrevista exclusiva, Scene traz frescor para o disco, é impressionante como ela cai bem na composição geral das faixas, nós devemos confessar que é nossa preferida também. O solo de guitarra dessa canção traz Bugg tocando e um pouco menos eletrônico, estávamos com saudade de ouvir os solos perfeitos dele.

Lonely Hurts é agitada e quebra o clima lento do disco, porém da continuidade ao clima romântico do disco, é uma música bem construída e mais uma faixa que Jake explora as variações da sua voz, ela é atual, contemporânea, com guitarra marcante, estamos ansiosos para ouvir ao vivo essa canção.

Maybe it's Today é incrivelmente doce e interessante, é nova e nostálgica ao mesmo tempo, é autêntica, interessante, bem construída, expressiva, é lenta e da continuidade ao romance, nós amamos essa faixa, conquistou nosso coração. 

Screaming é misteriosa, é agitada de forma curiosa, energia forte  e que da vontade de literalmente gritar, assim como a música diz, ele é rock, mais um gênero que Jake coloca no álbum de forma brilhante, mostrando versatilidade e muito talento. 

Hold Tight fecha o disco com o brilhantismo do antigo Jake Bugg, mostrando que ele evoluiu, transitou, experimentou, mas que a essência nunca morre, acrescentando, não mudando, não deixando para trás, apenas acrescentando mais e mais talento, segundo o próprio Jake, e isso fica implícito no disco, ele é um músico inquieto e não gosta da mesmice. Esse disco mostra a inquietude. Estamos apaixonados por esse trabalho, ele faz o cantor voltar com força, talvez o álbum mais completo do Jake até aqui, um disco que mostra amadurecimento e todas as fases do cantor, um presente para os fãs e uma porta de entrada para novos fãs.

Saturday Night, Sunday Mornig é poderoso, é encantador, é Jake Bugg em sua forma atual, é genuinamente Jake Bugg de forma despida, um trabalho de alma, uma entrega verdadeira que pode ser sentida a cada faixa, valeu a pena esperar.



Ouça agora o novo álbum:  clique aqui





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