The Killers retorna com álbum autêntico e otimista com muito Rock and Roll Celestial



Por: Tati Teixeira



O The Killers acaba de lançar seu novo e sexto álbum Imploding The Mirage, a banda já havia revelado 4 das 10 faixas e agora podemos conhecer as outras 6 faixas e a união de todas elas em um disco que marca com muita força o retorno da banda.  É puro Rock And Roll Celestial.

As músicas anteriores ao lançamento do disco já anunciavam que estava vindo algo muito bom, o primeiro lançamento foi Caution que alcançou a posição número 1 nas paradas alternativas, e deixou todo mundo com altas expectativas que graças a todo o talento da banda foram atendidas. Brandon diz que compôs todas as canções pensando em tocá-las ao vivo e é por isso que temos um trabalho sensorial perfeito aqui.

A primeira faixa é um introdução deliciosa que nos mostra o quanto o The Killers vem pronto para trazer um disco mais leve, com muita emoção sim, porém com mais otimismo em relação a vida e as dificuldades que a cercam, é uma expressão de como vencer.

A identidade da banda é clara, vemos que são músicas muito características do grupo, mas a maturidade vem atona e traz frescor que torna o disco absolutamente delicioso de ouvir e um The Killers que soa espirituoso e sublime a cada nota.

A segunda faixa nos traz uma nostalgia das canções dos anos 80, com um instrumental bem forte e a bateria de Ronnie bem marcada, os riffs trazem leveza e dão continuidade a voz genuína de Flowers, as inspirações das obras de Blackhears fizeram muito bem para o The Killers e Blowback nos leva a estar dentro de um lindo quadro com um paisagem leve e cheia de detalhes.

Dying Breed é uma verdadeira mostra da qualidade do Killers, sobra talento essa é a verdade, a delicadeza dos elementos sonoros e das batidas do seu inicio, com a letra misteriosa e tão vívida, tão jovial e cheia de energia, tão otimista, em meio a simplicidade instrumental que evolui conforme a música resultando em um ápice onde podemos notar muitos elementos poderosos e em perfeita harmonia, novamente Ronnie brilha na bateria. 

Caution, é uma explosão de sentimentos, difícil falar de Caution sem lembrar que ela traz características muito fortes do grupo, é o tipo de música que libera emoção, é expressiva, a voz de Brandon Flowers vem carregada de energia, imaginar Caution sendo tocada ao vivo é realmente muito bom.  A guitarra tem um destaque nessa canção,  e é a cereja do bolo para um final que tem um solo perfeitamente planejado para terminar o hit nos deixando em estado de total admiração pela vida e pela arte.

Lightinig Fields marca bem o meio do álbum com vocais potentes e um pouco de experimentalismo para o Killers, com sintetizadores e um coral de arrepiar junto ao piano que soa sútil e emotivo, ela é forte, porém é mais calma e da entrada a uma parte um pouco mais lenta do disco. 

Fire and bone, que também já era uma conhecida, é um pouco mais lenta e essa lembra muito os anos 80 e a energia que decorreu-se nas músicas daquela década, é como ter The Killers em 1980, é uma deliciosa viagem no tempo. É uma canção um pouco mais obscura em sentimentos, porém muito sincera e pessoal. É aquelas músicas que nos fazem sentir libertado depois de cantar. 

Running Towards mostra que o grupo veio realmente com uma carga artística muito grande para fazer esse álbum, como Flowers descreve sobre o método de confecção do disco, para dar vida  Imploding The Mirage a banda encheu o estúdio com imagens de pinturas do grande artista africano Thomas Blackhear para que elas os preenchessem de emoções e Running Towards mostra claramente isso. Seu início é leve e como uma paisagem relaxante, traz conforto, a voz de Flowers nos transporta automaticamente para dentro de uma linda vista, e os pensamentos correm livres ao ouvir essa música que é a mostra perfeita da capacidade que o Killers tem de nos transportar a lugares cheios de vida nesse álbum impressionante que eles nos entregam hoje. Sair de Las Vegas para Utah, uma transformação na vida de Brandon,  fica muito evidente nas perspectivas que o disco traçada primeira a última música, a mudança ousada colocada nas notas trouxe autenticidade e vigor ao trabalho.

My God é a oitava faixa e começa cheia de mistérios, de uma forma lenta que nos deixa curiosos a respeito de seu refrão, que por sinal é chiclete e com aquele coral delicioso que já tínhamos ouvido em outras faixas que tornam as frases potentes, cheias de vida e encorpadas. É um brilho especial, uma paisagem noturna e glamorosa e desértica, essa faixa é do tipo que da vontade de ouvir em looping.

When The Dreams Run Dry recomeça a agitação e da continuidade ao otimismo sonoro deixado por My God, é de encher de orgulho o instrumental que o grupo mostra nesse álbum, a viagem proporcionada com os instrumentos é incrível. Vale a pena se permitir ouvir com calma e atenção os elementos contidos em todas as composições.

Imploding The Mirage, que leva o nome do álbum, é uma clássica música para fechar uma sequência extraordinária, ela é alegre e mostra que esse trabalho veio para dar alegria a quem ouve, e marcar os fãs do Killers, é um álbum de esperança em momentos de dificuldade.  Esse single tem uma energia tão especial que é impossível ouvir sem ficar alegre, é com certeza um dia de sol com os amigos em uma das melhores paisagens que se pode contemplar . Fecharam o disco com chave de ouro.




Em poucas palavras Imploding The Mirage é realmente a demonstração da maturidade sonora do The Killers, não houve nenhuma zona de conforto aqui, e a mudança faz com que eles  possam reviver seus melhores anos com esse lançamento, a união de toda a estrada que eles passaram trazendo do aprendizado o melhor que se pode ter, a evolução.  Para nós um dos melhores discos do ano e também da banda, pois é completo em meio a uma reinvenção deliciosamente autêntica. Não há maneira mais perfeita de descrever esse trabalho se não como o próprio Flowers o descreveu, é Rock And Roll Celestial. 

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