Durante Trying To Be Cool - Por: Tatiane Teixeira |
A banda francesa Phoenix tocou pela primeira vez no Rio De Janeiro, o show foi no Circo Voador, com os ingressos esgotados há mais de um mês atrás, mais de 2 mil pessoas, grande parte delas vendo o grupo pela primeira vez ao vivo,se reuniram para ver uma noite histórica.
O grupo entrou atrasado no palco, devido a uma grande luta que enfrentou com problemas técnicos na passagem de som, foram mais de 2 horas de insistência da banda e da produtora para contornar o problema e dar o melhor aos fãs. Enquanto isso o público esperava ainda do lado de fora, fiel e animado com o pouco que ouviam das músicas tocadas dentro do Circo Voador.
Com muita insistência e dedicação o Phoenix resolveu que faria um bom show independente de qualquer problema técnico, a banda que estava visivelmente preocupada com a qualidade do som subiu ao palco às 00:40 e o receio de que algo pudesse dar errado por conta do imprevisto com os instrumentos se esvaiu no primeiro minuto de J-Boy quando o grupo sentiu através de seu público uma energia inigualável que rapidamente contagiou todos os integrantes.
J-Boy deu sequência a uma explosão de hits Lasso, Entertainment, Lisztomania e Trying To Be Cool/Drakkar Noir, depois as recentes e alegres Lovelife e Tuttifrutti e foi na oitava música, mais um clássico, Consolation Prizes que o Setlist do Phoenix começou a ficar diferente do que foi executado no Popload festival (SP 15/11/17), embalaram as mais antigas e deliciosas Long Distance Call, Rally e depois um trecho de Too Young, 3 canções não executadas no Popload. Prosseguiram com a energizante Girlfriend.
Nesse momento os fãs estavam altamente suados, já um pouco roucos e com as mãos vermelhas de tanto bater palmas, o público se manteve animado e cantando todas as músicas, desde as mais novas até as mais antigas, sem dúvidas um público que realmente esperou 18 anos para ver Phoenix ao vivo.
Na sequência de Girlfriend veio Ti amo que fez todo mundo pular sincronizadamente, Armistice foi cantada em coro, mas deu uma pequena acalmada no local, eles seguiram com a primeira música lançada pela banda o hino If I Ever Feel Better cantado por todos em alto e bom som, o Phoenix tocou em sequência Funky Squaredance e a linda Rome com o cenário do Coliseu no fundo sendo exibido no telão que acompanha a turnê e é a cereja do bolo dos shows do quarteto. Após isso, houve o bis.
O Phoenix volta para o palco com uma performance intimista e encantadora, Thomas Mars (vocalista) desce do palco, fica com os fãs e canta somente ao som de guitarra as músicas Countdown e Goodbye Soleil, um delicioso presente, um momento de muita harmonia e troca entre a banda e os fãs, foi lindo.
A banda inteira retornou ao palco com a carismática Telefono e em seguida um dos momentos mais fortes da apresentação, a romântica e calma Fior di Latte sendo executada para 2 mil pessoas que balançam em perfeita harmonia os braços de um lado para o outro durante o refrão chiclete da canção. Arrepia só de lembrar. O clima mais calmo é quebrado por 1901 que levou a galera a loucura e fez todo mundo voltar suar.
O show é encerrado por Ti amo Di Piu, nome dado ao momento em que a canção Ti amo fica sendo tocada pela banda enquanto Thomas Mars dá ao público o climax do show, ele literalmente se joga no meio de todo mundo e nada sobre seu público, a troca de energia explode e sem dúvidas esse momento é altamente alegre, indescritível, mágico.
Tiveram problemas para começar o show, mas tudo só deixou mais emocionante a noite de ontem, a vontade do Phoenix de tocar e a vontade dos seus fãs de vê-los foi o combustível que alimentou uma das noites mais marcantes para os fãs brasileiros de Phoenix e sem dúvidas um dia que sempre será lembrado pelos músico que deixaram o palco com um sorriso e uma sensação de satisfação impressionante, o clima tenso de momentos antes do show sumiu e deu espaço a uma leveza e profunda alegria que encerrou a noite de 2 mil pessoas que esperaram 18 anos para ver os Franceses darem essa imensa festa.
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