Por: Tati Teixeira
TÃ¥rfödd acaba de lançar seu novo e poderoso álbum, um trabalho sensacional que nos faz sentir vivos e poderosos, um trabalho que representa muito bem a cena do black metal atual e que nos envolve do inicio ao fim, um projeto que nos conquistou e que funciona como uma espécie de experiência musical.
Em 29 de junho de 2025, o Tårfödd lançou seu álbum original "Efterlämnade I Sorg", uma coleção comovente de faixas inspiradas em experiências pessoais de perda e separação. O título do álbum, que significa "Deixado em Luto" em inglês, reflete a jornada emocional de Lindgren após o falecimento do pai de um amigo, dando origem a canções comoventes como "Tomhet". Embora o processo de gravação tenha ocorrido na própria casa de Lindgren, a música transcende as fronteiras físicas, oferecendo um vislumbre das introspecções comoventes do artista. "Efterlämnade I Sorg" se destaca como um testemunho da capacidade do Tårfödd de entrelaçar melancolia e melodia em uma tapeçaria musical cativante, deixando um impacto duradouro nos ouvintes muito depois de seu lançamento.
A primeira faixa já chega mostrando o como é o disco, um inicio melancolico com uma pegada reflexiva, de depois entregando batidas que se transformam em uma reflexão sobre a dor e o como nós queremos gritar e como dói a perda, essa faia tem muita expressão e nos ajuda a tirar de dentro de nós sensações ruins de solidão e de vazio, é como se libertar de amarras, é um processo dolorido de passar, mas que vale muito a pena. No final essa faixa é um processo de meditação.
A segunda canção tem uma pegada instrumental que já se mostra de dificil execução, muito bem projetada, bem elaborada, com batidas que soam em uma bateria muito cheia de qualidade, rápida, dinâmica, guitarra intensa que nos mostra todo potencial de TÃ¥rfödd, essa música também faz a gente ver os vocais como são poderosos e expressivos, nós amamos essa canção.
Na terceira faixa o clima continua, nos fazendo sentir vivos, e nos fazendo sentir cada emoção do nosso corpo, essa música nos faz chorar, nos arranca todos os nossos sentimentos, lavamos nossa alma com essas guitarras frenéticas e bem alinhadas, com os vocais que trazem muita vida as palavras, cantar junto nos alivia, nos faz sentir abraçados e confortáveis, essa música é uma experiência de libertação.
A quarta faixa traz uma introdução baseada na guitarra dramática que nos aprofunda em nossas emoções, ela é terna em seu inicio, nos conecta a nós mesmos, nos faz olhar para dentro de nós e deixar tudo para trás, essa canção é do tipo que tem uma narrativa intensa, que foge da mesmice que tem um clímax, que nos deixa envolvidos em sua trama, uma música que cresce com o passar dos minutos, que tem bateria firme, vocais bem construídos e cheios de expressão e categoria, simplesmente sensacional, uma de nossas favoritas no álbum.
Sem mais spoillers, vocês precisam conferir o restante do disco, um trabalho lindo, vivo, que nos representa, que nos ajuda a nos expressão, uma obra de arte honesta e cativante que nos ganha em suas sonoridades densas e envolventes e em sua narrativa que tem paixão no que faz e muito sentimento.
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